Palma forrageira

A tem o nome científico Opuntia cochenillifera (ou: verdura Nopalea cochenillifera, Nopalea coccinellifera, Cactus cochenilliferus e Cactus cochenillifer) da cactácea forrageira e comestível, de origem mexicana, largamente difundida no Nordeste brasileiro – recebendo o nome genérico de .

A palma forrageira também é conhecida por: urumbeta, cacto, , , palma-miúda, palma-forrageira, palma-doce, palmatória-doce, nopal, cardo-de-cochonilha, cacto-sem-espinhos).

Palma forrageira com as nuvem ao fundo avermelhadas no pôr do sol
Palma Forrageira

Possui ciclo de vida perene, devendo ser cultivada em solos preferencialmente drenado, como o arenoso, e fértil (embora resista bem à infertilidade). Além do uso forrageiro, a palma também se presta à alimentação humana, e à jardinagem. Em plantações no México, onde é nativa, a produção atinge quatrocentas toneladas por hectare, dez vezes maior que a do Nordeste brasileiro.

O cultivo da planta é prejudicado pelo inseto cochonilha do carmim. Ele se alimenta da seiva da palma e se abriga dentro de seus flocos de cera. Quando ele é esmagado, elimina um corante avermelhado, o carmim, que dá nome à espécie. Após infectado a palma sofre da Cochonilha-de-escama.

Valores Nutricionais

Seus valores nutricionais são, em média: matéria seca 6,38%; proteína bruta (11,44%), com altos valores de extrato etéreo e carboidratos não-estruturais, observando-se ainda matéria mineral. As raquetes possuem, segundo pesquisas, valor nutricional similar à silagem de milho.

Apesar de possuir baixo teor de proteína, a palma forrageira se destaca por apresentar altos teores de carboidratos totais, matéria mineral e umidade, características importantes na alimentação e dessedentação dos animais que vivem em regiões com escassez hídrica.

Em virtude da grande umidade e baixo teor proteico, ela não deve ser utilizada de forma exclusiva na alimentação animal, fornecer em conjunto com outros alimentos. Entretanto, por ser rica em energia, a palma forrageira pode ser utilizada na substituição total ou parcial de outros ingredientes com maior custo de produção, como o milho.

Plantio e manejo

O modo mais frequente de fornecimento da palma para vacas leiteiras é a forma picada no cocho sem misturá-la a nenhum outro alimento. O concentrado geralmente é fornecido no momento da ordenha.

Palma sendo transportada por carroça

A utilização de culturas anuais, como milho, sorgo, feijão, mandioca etc., intercaladas com a palma, tem sido adotada com objetivo de viabilizar o cultivo em termos econômicos.

Calcular a área de palma a ser plantada

O dimensionamento da área a ser cultivada depende do objetivo para o qual a palma será destinada. e se será adotada o plantio da palma adensada. Se for para o consumo dos animais da propriedade, é necessário que o produtor saiba o número de animais do rebanho e quantos quilos de palma serão oferecidos por animal/dia e por categoria de animal, além do período em que será oferecida aos animais e o rendimento de massa verde da palma por hectare.

Exemplo: Para um rebanho com 25 vacas, com cada animal consumindo 40 quilos de palma por dia durante 270 dias (9 meses) e com o sistema de cultivo adensado, produtividade de 300 toneladas por hectare quando colhida a cada dois anos, a área de palma adensada necessária para alimentar as 25 vacas pode ser encontrada a partir da fórmula:

Área a ser plantada = ( número de animais a serem alimentados * consumo de palma/animal/dia * período necessário de fornecimento) / rendimento da palma/ha/ano

Então, fica assim:

área = (25 vacas * 40kg de palma/animal/dia * 270 dias)/150.000 kg/ha/ano
área = 270.000 kg de palma / 150.000 kg/ha/ano = 1,8 ha de palma adensada

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