Festa do Boi tem a maior exposição de gado Sindi do mundo

maior exposição de gado Sindi do mundo

Durante a 62ª , o recorde de maior exposição de gado do mundo em número de animais, com quase 400 cabeças. Cerca de três mil animais estarão expostos para apreciação e geração de negócios. Em especial, a 62ª edição do evento no Rio Grande do Norte chega com uma novidade para os criadores de gado da raça Sindi através da Brasil, consolidada como a maior exposição nacional da raça. De acordo com a estimativa de Matheus França, presidente da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores ().

O Sindi é uma raça de gado de genética zebuína que possui as principais características produtivas de dupla aptidão, precocidade, fertilidade e rusticidade. Com origem no Paquistão e em condições de adaptação para criações em condições menos propícias, eles foram importados para o Brasil pela primeira vez em 1952 através de Felisberto de Camargo, na época diretor do Instituto Agronômico do Norte (IAN). Ao todo, foram trazidos 31 animais da raça, sendo 28 fêmeas e três reprodutores.

Orlando Procópio, vice-presidente da Anorc e presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi), explica que essa capacidade de adaptação do Sindi foi essencial para que o semiárido do Nordeste se tornasse um espaço favorável para a criação da raça. “Quando houve as primeiras importações teve gado que foi para São Paulo, Pará, e teve gado, sim, que ficou no Nordeste. O que ficou aqui se sobressaiu em um determinado momento”, explica.

Segundo a estimativa da ABCSindi, a criação da raça vem crescendo no Brasil mensalmente entre 12% a 15%, enquanto outras da genética zebuína vêm diminuindo, demonstrando a importância do Sindi dentro do setor. “O Sindi é capaz de comer pouco, comer ruim, vamos dizer assim, mas a vaca fica prenha todo ano, e o animal engorda com maior facilidade. Então você gasta menos para produzir uma arroba da raça”, explica Orlando Procópio.

Apenas no Rio Grande do Norte existem mais de cinco mil animais da raça, sendo o sexto estado brasileiro mais populoso do animal. Apesar de uma pecuária ainda não superior em números, a seleção potiguar possui uma qualidade genética apontada como uma forte competidora em nível nacional.

“A gente não consegue produzir com a mesma velocidade e com os mesmos custos que o pessoal do Centro-Oeste e do Sudeste produz porque eles têm um regime alimentar diferente do nosso, então quando a gente consegue produzir essa genética aqui que se sobressai a nível nacional é um feito fantástico. Isso é tão importante que neste ano estamos fazendo a Nacional da raça Sindi aqui no Rio Grande do Norte”, afirma Orlando Procópio, vice-presidente da Anorc e presidente da ABCSindi.

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