Conheça o Pulverizador robótico

Pulverizador robótico

Conheça o desenvolvido para ajudar e facilitar o trabalho dos pequenos e médios produtores rurais. Lucas Parelhas, de 25 anos, formado em engenharia agronômica pela EAJ/UFRN, construiu o protótipo 1.0. Inicialmente, o robô foi construído para o trabalho de conclusão de curso. Agora, a iniciativa se tornou uma esperança para os que trabalham usando um agrícola.

Usar a criação do estudante é uma alternativa para, além de não carregar a ferramenta nas costas, ficar longe de produtos nocivos como inseticidas, fungicidas, herbicidas ou fertilizantes foliares. O protótipo é um robô comandado por um controle remoto que funciona como centro de controle e controla os sensores e módulos através da programação inserida na placa.

Para o engenheiro agrônomo, o pulverizador costal manual tem muitos malefícios à saúde do trabalhador. “O trabalho de pulverização no campo é extremamente árduo e o produtor fica muito exposto. O protótipo vai facilitar toda a aplicação do trabalhador. Com esse protótipo, o produtor não vai entrar em contato direto com as substâncias químicas na hora da aplicação. Apesar de algumas pessoas usarem até equipamento de proteção individual, mesmo assim o produto é tão forte que pode afetá-las”, afirma.

Em 2022 no inicio do semestre, o engenheiro começou a planejar o robô. Depois de idealizar como seria o modelo, o desenvolvedor passou a ideia para uma modelagem 3D. Logo, partiu para a parte da programação do cérebro do projeto, conhecido como microcontrolador Arduino e depois iniciou as etapas práticas, como estrutura, cortes, enquadramentos e soldagem. Ao todo, entre tentativas que deram errado e novas descobertas, ele gastou em média R$ 3 mil.

“A minha ideia surgiu na metade do curso. No início, eu queria trabalhar com tecnologia voltada para hidroponia. Fiz até alguns aplicativos, mas, durante a pandemia, acabou não dando certo. Quando retornamos, tive a ideia de fazer o protótipo”, conta Lucas Parelhas.

Lucas diz que sempre foi apaixonado por tecnologia e essa era a oportunidade de juntar as coisas que ele mais gosta. “Trazer essa tecnologia para o mundo agrário e agrícola era o que eu sempre quis fazer. Unir tecnologia e agricultura”, completa.

Segundo Parelhas, a ferramenta é fácil de ser usada e se conseguir produzir em grande escala, o projeto vai ser mais barato do que outras tecnologias do mercado. “Além disso, a possibilidade de crédito rural também ajuda às pessoas que pretendem investir mais no seu negócio”, explica.

Os melhores aparelhos que existem atualmente e que são capazes de auxiliar neste processo rural, de acordo com Lucas, são mais voltados à grandes produtores pelo valor e assim os pequenos e médios produtores não conseguem ter acesso.

O aplicativo que move o robô também liga, desliga e controla o agitador de produto, e possibilita visualizar de forma síncrona a umidade e temperatura do ambiente.

O protótipo tem seis pontas de pulverização que podem ser utilizadas em diversas combinações, sendo conduzido de forma remota e tem até um aplicativo disponível para smartphones. A estrutura do protótipo foi desenvolvida em aço metalon, dois pneus de bicicleta para ajudar na mobilidade, catraca, coroa corrente um reservatório com capacidade de 20 litros, um agitador de água e dois motores de vidro elétrico de carro. Além disso, o robô conta com um, motor com a espátula soldada na ponta, capaz de agitar a substância, caixas que armazenam o circuito elétrico, duas baterias de motocicleta e uma bomba.

A durabilidade da carga dele é de aproximadamente 4 a 5 horas, então depois de usá-lo precisa recarregá-lo. No caso da manutenção do aparelho, a montagem e desmontagem dele funciona de forma simples. O trabalho foi orientado pelo professor da EAJ, Gerbson Mendonça.

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