Vaqueiro nordestino

Vaqueiro nordestino

O carrega a força do sertão e é comemorado no dia 19 de julho. A história do começou quando o Brasil era colônia de Portugal.

Em 1534 chegaram as primeiras cabeças de gado, vindas da Ilha de Cabo Verde, África. Como as terras eram muito extensas, e o rebanho precisava dos pastos, era preciso alguém que cuidasse dos animais, no caso os vaqueiros. Portanto, o vaqueiro é um tipo étnico que vem do contato do colonizador com o índio, durante a penetração do gado nos sertões do Nordeste brasileiro. Habitam a região da caatinga uma área de clima semi árido, que ocupa praticamente todo o Nordeste.

Trabalham como no século XVII. Desde criança aprendem a correr atrás e laçar os bois no curral. Vão “aboiando”, tocando a boiada entoando o aboio, um canto sem palavras, típico dos vaqueiros, que cantam quando conduzem seus bois para o pasto ou curral. Eles aboiam também quando precisam orientar o gado que se perde na serra, ou se extravia numa caatinga.

Quando um boi se desgarra, foge, eles saem como um raio, por entre a paisagem seca, passando por galhos, pontas de pau e espinhos dos cactos. É a pega de boi. Neste momento, o vaqueiro corre o risco de se ferir na vegetação. E para que isso não aconteça, ele aprende a desenvolver técnicas de se safar dos galhos, utilizadas com muita maestria e habilidade.

Por isso o vaqueiro precisa de uma roupa especial, que funcione como uma armadura ou couraça, o que acaba se tornado sua segunda pele.

Roupas do vaqueiro nordestino

Sua vestimenta é caracterizada pela predominância do couro cru, onde ainda hoje se utilizam processos primitivos para a curtição, o que o deixa com uma cor ferrugem, flexível e macio.

O vaqueiro se orgulha de vestir sua roupa de couro, principalmente quando participam das cavalgadas e manifestações culturais, onde desfilam seus trajes típicos sobre seus cavalos, ao lado de bois, tocando o berrante.

vestimento do vaqueiro nordestino

As roupas típicas dos vaqueiros são compostas pelas guardas, ou perneiras, uma calça de couro que vai sobre outra calça mais fina, trançadas por trás, sendo amarradas na frente, e que têm o objetivo de proteger as penas contra os espinhos abundante na flora da região, deixando o corpo do vaqueiro com liberdade de movimentos para cavalgar ou mesmo se safar dos galhos.

Os sapatos têm o nome de alpercata ou usa-se as botinas de couro, fortes e firmes; as esporas fazem parte do traje e têm a função de instigar os cavalos para correrem; um chicote de couro, significando que estão sempre prontos para montar a qualquer momento e o guarda-peito, parapeito, ou peitoral, preso por uma espécie de alça que passa pelo pescoço e protege o peito do vaqueiro contra espinhos que se localizam na parte alta as plantas, bem como eventuais pancadas no peito.

Muito importante em sua vestimenta é o gibão, um casaco de couro que tem a finalidade de proteger o vaqueiro nos braços e nas costas contra pancadas dos galhos de árvores.

Há também as luvas de couro, que são amarradas no pulso, e protegem as costas das mãos, deixando as palmas e os dedos livres para o trabalho.

O chapéu, típico nordestino, também em couro forte, protege o vaqueiro do sol, dos espinhos e galhos da caatinga. Também podem ser usados para beber água ou comer. Suas roupas são ricamente recortadas e bordadas.

Outro aparato típico é a sela, muitas vezes herdadas de pai, avo e bisavô.

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